domingo, 27 de julho de 2014

Change to Rock, baby (;

Em meio de gritos, suspiros e promessas, encontrei você. No começo, achei que nada ali duraria. Mas durou. E sabe, foi incrível me sentir como se eu pudesse te ter mesmo que ninguém mais aceitasse, permitisse... Eu te amei feito louca. Nossa história estava na contra-capa de meu livro que eu lia todos os dias para me certificar da tamanha força que eu tinha. Eu tive você. Eu enfrentei o inferno por você. Eu conquistei o meu sonho. O mundo então aceitou. 
 Mas de repente, tudo se transformou novamente. Agora o problema não era mais os outros, agora éramos nós dois. Quem tinha que nos aceitar éramos nós mesmos. E era aí que o problema realmente surgia, e tomava proporções preocupantes. Chorei por noites incontáveis. Afinal, destino, que peça afinal você tinha me pregado? Eu lutei tanto para no final perder tudo? 

 Vi você indo embora várias vezes. Culpei-me. Mas sabia que a nossa história era a mais linda de todas, porém, as melhores histórias tem um fim e, às vezes, um recomeço. Mas quando uma música acaba, quem vive em função da tecla “repeat”, deixa de escutar novas músicas... Vamos lá garota, existem milhares de músicas por aí, para que escutar sempre a mesma? Não persista, apenas siga...

Para o futuro, apenas sonhos que me libertem

Querida Juliana do Futuro,

Até onde vai os limites dos seus sonhos? Ultimamente venho temido demais o meu futuro. Tenho medo de ficar presa aos meus erros do presente, medo de não ser bem sucedida, medo de não me tornar aquilo que, durante toda a minha vida, estimei tanto. E acho que esse é um grande problema. Nós colocamos muitas expectativas em cima do futuro, achamos que ele será a solução de todas as imperfeições do presente, mas não é bem por aí.
Minha mãe sempre foi um grande exemplo para mim em relação a isso. Ela sempre quis ser uma professora, e tinha um talento absurdo para essa profissão. Qualquer pessoa que a visse, tinha a instantânea certeza que ela alcançaria seu sonho. Mas não foi bem por ai. Ela engravidou cedo e nem a faculdade de Pedagogia que seria a porta para os seus sonhos ela conseguiu concluir. Além disso, também odiou o curso, pois esperava algo totalmente diferente. Então, esse sonho não se tornou mais parte de sua realidade. E ela está bem sim, obrigada. Mesmo que o seu futuro não tenha sido exatamente da forma de que ela previu como ideal, ela encontrou um ponto de equilíbrio, e vive em harmonia com o que o destino lhe presenteou.
Portanto, de um tempo para cá comecei a pensar diferente. Sempre quis me tornar uma escritora, e ainda quero, é o maior objetivo da minha vida. Acho lindo o poder das palavras e a eternização que cada escritor tem dentro da literatura. É um desejo extremamente poderoso, que consome todos os meus "sonhos-de-travesseiro", sabe como é? Mas e se não for isso que irá me proporcionar a felicidade? E se não der nada certo? E se eu não tiver esse dom como todo mundo acha, como até eu mesma as vezes acredito que eu possa ter? Será uma frustração?
Nem sempre. As vezes, a gente precisa desapegar de alguns sonhos e insistir apenas em outros. Sonhos mudam com o tempo. Tudo há um limite, e meu limite é esse: Lutar para ser feliz tendo em vista o momento em que estou presenciando. Se em um ano o que me mantem feliz é lutar pelo meu sonho de ser escritora, perfeito. Se der certo? Perfeito. Realização de um sonho. Se não? Talvez outros sonhos apareçam, e eu conseguia alcançar a minha satisfação pessoal de outra forma. Talvez como empresária, veterinária, médica ou como simplesmente uma mãe ou dona de uma família. Não sei. Isso ainda me parece muito incerto, pois os meus sonhos ainda estão em uma fase onde eu não consigo me imaginar fazendo outra coisa do que expondo meus sentimentos e opiniões. Mas e amanhã? E se tudo mudar? E se...? E se...? Será que serei uma pessoa infeliz simplesmente por não ter alcançado um objetivo do passado? 
Para mim só existe uma resposta para este meu medo: Não deixar meus sonhos me aprisionarem. Permitir a eles o maior poder que eles me proporcionam: O da liberdade. Hoje, eu, Juliana, tenho 16  anos e pretendo utilizar minhas palavras como ferramenta de contato com o mundo. Não tenho pressa, mas é o meu maior objetivo, o que me mantem determinada. 


Mas e você, Juliana do futuro? Qual é o seu sonho agora? Espero que o mesmo que o meu, mas, caso não seja, tudo bem. Só me deixe orgulhosa.

Com carinho e curiosidade,
Juliana do presente